Administrar o orçamento
Educação financeira

Como administrar o orçamento de casa e sair do vermelho em 4 passos

Muitas famílias estão endividadas e com problemas para administrar o orçamento.

A forte recessão dos últimos anos tirou o emprego de milhões de brasileiros. E estes, sem renda, acabaram priorizando o pagamento dos gastos conhecidos como essenciais, como água, aluguel e energia, e passaram a atrasar suas demais dívidas.

É evidente que pessoas de bem não querem ter problemas financeiros e tampouco ter seu nome sujo na praça.

Algumas famílias precisam somente de orientação para ter uma nova atitude quando for lidar com o dinheiro.

Então, que tal ler algumas dicas simples para começar a ter uma nova vida financeira?

 

É preciso admitir que está com problema

Como qualquer problema que passamos o primeiro grande passo é admitir que ele existe. Muitas pessoas tendem a colocar a culpa pelo seu descontrole financeiro em terceiros e com isso não assumem seus erros e continuam a agir como se nada tivesse acontecendo.

O sintoma de que as coisas não estão bem é simples: a renda mensal tem que ser suficiente para honrar todos os compromissos financeiros, sem atrasos.

Caso isso seja pontual, ou seja, uma única vez e por pouco tempo, o problema não se instalou. Mas, se todos os meses isso ocorre, é hora de procurar ajuda.

 

 É preciso administrar o orçamento de casa!

Independentemente de estar ou não com problemas financeiros é fundamental organizar o orçamento da casa. Em seguida, vamos listar passo a passo como ter um controle que permita a virada em sua vida financeira.

 

Passo 1: Sua renda

Aqui a tarefa não é difícil. Normalmente as pessoas possuem uma ou duas fontes de renda. De qualquer maneira é preciso entender que a renda que sua família pode contar é aquela após os descontos legais.

Assim tome sua renda bruta e deduza (quando for o caso) a contribuição previdenciária e o imposto de renda retido na fonte.

O resultado é sua renda líquida disponível. Exemplificando: Renda Mensal Bruta: R$ 2.000,00. Neste caso o imposto de renda é de 7,5% deduzida à parcela de R$ 142,80. Assim o imposto de renda será de R$ 7,20.

Para quem contribui para o INSS este salário bruto tem recolhimento de 9% ao INSS. Assim será descontado do valor a receber R$ 180,00. Agora teremos a renda líquida: R$ 2.000,00 (-) R$ 7,20 (-) R$ 180,00 = R$ 1.812,80.

Assim sua renda líquida, neste exemplo, é de R$ 1.812,80 que passa a ser considerada 100%. Vale destacar que para cada faixa de renda há alíquotas diferentes, tanto do imposto de renda como da contribuição previdenciária.

Quem atua no mercado em outros regimes de contratação, como o setor público, terá sua própria metodologia de cálculo previdenciário.

Passo 2: Seus gastos – Essenciais

Vamos adotar o método conhecido como “50, 15, 35” para entender seus gastos. Neste tipo de organização do orçamento familiar o indicativo é destinar 50% de sua renda líquida para os denominados gastos essenciais.

São considerados essenciais gastos com:

  • Moradia,
  • Alimentação,
  • Educação,
  • Locomoção e
  • Saúde.

Assim, liste o quanto gasta com:

  • Aluguel,
  • IPTU,
  • Comida,
  • Escola,
  • Passagem de ônibus e combustível,
  • Farmácia e plano de saúde.

Contudo, pela regra a somatória destes valores não pode ultrapassar os 50%. No exemplo, os gastos totais máximos seriam de R$ 906,40 (50% de R$ 1.812,80).

Passo 3: Seus gastos – Prioridades Financeiras

Na regra que estamos propondo a segunda decisão é destinar 15% de sua renda líquida para as prioridades financeiras. Portanto, se enquadram aqui pagamento de dívidas e poupança. Isto é, o valor que deve ser guardado.

Exemplos de prioridades financeiras:

  • Dívida com financeiras,
  • Saldo financiado no cartão de crédito,
  • Uso do limite do cheque especial,
  • Dinheiro destinado à caderneta de poupança,
  • Plano de previdência privada e
  • Outras aplicações financeiras.

Utilizando o nosso exemplo o valor mínimo será de R$ 271,86 (15% de R$ 1.812,80).

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Passo 4: Seus gastos – Estilo de Vida

Na regra os gastos para manter seu estilo de vida devem ser no máximo de 35% de sua renda líquida. São exemplos de gastos com estilo de vida:

  • Conta de celular que não for a trabalho,
  • Viagens de lazer,
  • Roupas que não são de trabalho,
  • Comida fora de casa de lazer.

Enfim, aquilo que é supérfluo. Portanto, em nosso exemplo, o valor máximo seria de R$ 634,38 (35% de R$ 1.812,80).

 

As contas não fecham? Comece pelos gastos com o seu Estilo de Vida

Na regra “50, 15, 35” o olhar é dos gastos essenciais, passando pelas prioridades financeiras e chegando ao estilo de vida.

Aliás, quando há problema em fechar as contas, inverta a lógica, ou seja, comece economizando nos gastos com estilo de vida. Não mexa nas prioridades financeiras e, se necessário, reveja seus gastos essenciais.

A meta é que sua renda líquida cubra todos seus gastos. Mas, os percentuais podem mudar, mas não deixe de destinar os 15% para prioridades financeiras.

 

Administrar o orçamento agora é com você

Para assumir o controle de sua financeira é preciso dedicar um tempo para entender como está sua vida financeira. No entanto, com as dicas acima é possível dar início ao controle mensal e administrar o orçamento com tranquilidade.

Liste os gastos em um caderno ou em uma planilha eletrônica. Tenha disciplina e faça os controles diariamente e totalize ao menos uma vez por semana.

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Com Doutorado, Mestrado e Especialização, Reinaldo Cafeo é Economista, Delegado do Conselho Regional de Economia, Consultor Empresarial em Economia e Finanças, Vice-presidente da Associação Comercial de Bauru e Diretor do Canal Planeta Economia no Youtube.

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